Você já parou para pensar por que compra um milk-shake? “Por que é gostoso!”, com certeza será sua resposta.
E há uma explicação para o apreço pela mistura batida e areada de leite com sorvete, que é a textura da gordura. Ora, o milk-shake foi mestre em misturar algo que a natureza não ousou criar: muito açúcar e gordura juntos.
Pense em fontes naturais de carboidrato (açúcar), como arroz e batata: eles quase não têm gorduras. Agora, fontes de lipídios, como abacate ou nozes: quase nada de carboidrato.
Unir esses macronutrientes com uma textura cremosa ativa diversos áreas do cérebro que resultam em uma sensação: felicidade.
É uma sobremesa puramente indulgente. Para consumir sem culpa naquele fim de semana especial.
Sempre importante lembrar, no entanto, que o milk-shake é uma bomba calórica. Ele pode conter de 400 a 1000 calorias, a depender do sabor, toppings acrescentados e tamanho.
Para você ter uma ideia, um espécime mais incrementado possui quase a mesma energia de uma refeição completa, com arroz, feijão, frango grelhado e salada.
Definitivamente, é algo para se consumir com moderação. Mas, claro, para quem gosta, vale a pena!
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E por que alguém acrescentaria proteína ao milk-shake?
Vivemos numa era performática de saudabilidade. Parece que tudo que comemos precisa estar com os macronutrientes contados, ajustados e, claro, conter muita proteína.
+Leia Também: Quanto de proteína você deve consumir por dia?
Mas existem duas razões básicas pelas quais a ideia do milk-shake proteico de uma rede de fastfood não vale a pena.
A começar que não há um ganho nutricional real. 20g de proteína não fazem nem cócegas em 1000kcal de gordura e açúcar. Ao contrário do que diz a propaganda, ninguém vai ficar “bombado” comendo esse milk-shake.
Segundo: fora da bolha das redes sociais, o discurso de “saudabilidade” ou de endeusamento da academia não atinge boa parte da população.
Quem compra um milk-shake de uma rede de fastfood: o influencer fitness que pesa comida ou o brasileiro médio?
A pessoa que vive uma vida regrada, calculando tudo que consome, não compra esse produto. No máximo, toma shakes proteicos sem sorvete e com drasticamente menos gordura e açúcar, vendidos em lojas naturais específicas. Que nem são novidade, diga-se.
O cidadão comum que compra o milk-shake numa rede de fastfood por prazer não vai pagar a mais pela proteína. Ou fará isso acreditando que assim terá mais saúde, o que não é verdade.
Com certeza, seguir “turbinando” o produto com toppings de personagens (alô, Hello Kitty!) ou chocolates famosos vale muito mais a pena comercialmente e para o paladar.
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