O povo brasileiro investe como poucos em produtos e procedimentos para ficar mais bonito, mas precisa tomar cuidado onde está pisando para não sair prejudicado — no bolso e na saúde!
É que boa parte das clínicas de estética do país deixa a desejar em relação ao cumprimento das regras exigidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Isso ficou claro na última operação da entidade, deflagrada no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Ceará, Amazonas e Piauí. Após inspecionarem 38 estabelecimentos, os fiscais constataram que apenas três estavam seguindo as normas do órgão.
Entre as principais irregularidades, observaram protocolos feitos sem o devido controle, ausência de esterilização em instrumentos, uso de medicamentos vencidos e realização de procedimentos complexos fora de ambiente apropriado.
Que beleza! Ou melhor, que perigo!
+ Leia também: Entre a beleza e o perigo: os riscos dos procedimentos estéticos
Passado: 10 anos da epidemia do vírus Zika
Um patógeno transmitido por mosquitos que, ao infectar gestantes, podia levar a malformações cerebrais e cranianas.
Foi assim, associado a casos de microcefalia em bebês, que o vírus Zika despertou um surto inédito e uma tremenda preocupação no Brasil em 2015.
Até hoje a doença exige atenção — bem como as crianças que nasceram com sequelas da infecção.
Futuro: plantas da Mata Atlântica no arsenal anticâncer
Numa parceria entre a Reserva Natural Vale e a Universidade Federal do Espírito Santo, pesquisadores vão investigar as propriedades de espécies encontradas numa área preservada de Linhares (ES) diante de tumores de mama.
A ideia é desvendar substâncias com potencial de aprimorar o tratamento. Da mata para — quem sabe — o hospital.
+ Leia também: Jornada para transformar a pesquisa para a cura do câncer
Um lugar: tumores de colo de útero lideram mortes no Norte do Brasil
Eles representam hoje o câncer que mais vitima mulheres nessa região do país.
Segundo dados do Ministério da Saúde apurados pelo Observatório de Oncologia, os tumores de colo de útero são o terceiro em incidência na população feminina brasileira e estão por trás de mais de 33 mil óbitos por ano.
Tal cenário pode ser revertido com maior acesso a exames e vacinas.
Um dado: 60% das propagandas de alimentos são inadequadas
O achado, fruto de uma análise para um doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais, considera a publicidade alimentar nas redes sociais.
Ao contrastar as leis aplicadas em países latino-americanos como Chile e Argentina com a realidade brasileira, descobriu-se que a maioria dos anúncios por aqui não atenderia aos requisitos regulatórios ideais.
+ Leia também: Rótulos inteligentes: o futuro da alimentação começa pela embalagem
Uma frase

“A luta das mulheres cientistas pelo reconhecimento de suas pesquisas e descobertas vem de longe. Ao longo da história, encontramos muitos casos de injustiça, e do que hoje chamaríamos de ‘cancelamento’, em relação ao trabalho de cientistas mulheres que não tiveram o merecido crédito. Mas elas existiram, existem e, mesmo sem o devido reconhecimento, vão impondo seu legado, conquistando novas fronteiras.”
Leandro Lobo, biólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no livro Bastidores da Ciência (Editora ICH).
Compartilhe essa matéria via: