Os pólipos intestinais nem sempre se fazem notar. Embora alguns deles causem sintomas comuns de síndromes que atingem essa parte do corpo, com desconfortos recorrentes, é comum que essas pequenas protuberâncias na parede intestinal evoluam de forma assintomática.
Como alguns pólipos podem ser indicativos de cânceres, mesmo pessoas sem histórico familiar ou sintomas perceptíveis têm indicação de realizar exames regulares de colonoscopia (o principal método de identificação) a partir dos 45 anos. Já para quem sofre com problemas frequentes, como cólicas, dor abdominal ou obstruções, o rastreio deve começar ainda antes.
Em casos mais simples, que são a maioria, a colonoscopia também permite a remoção dos pólipos já durante a avaliação do intestino.
Conheça os tipos de pólipos
- Pólipos hiperplásticos: são geralmente fixos, pequenos e localizados no final do cólon. Não são relacionados com a malignidade nem são preocupantes;
- Pólipos inflamatórios: ocorrem normalmente entre pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DIIs). São formados a partir de distorções na mucosa intestinal;
- Pólipos hamartomatosos: formados por núcleo de tecido conjuntivo, eles se desenvolvem precocemente e costumam ser lisos. Geralmente não são pré-cancerosos nem apresentam malignidade, mas são altamente vascularizados, o que pode ocasionar sangramento;
- Pólipos adenomatosos: embora a maioria seja benigna, esses pólipos são formados de adenomas, com chance de evolução para cânceres. Quanto maior o tamanho, maior também o risco;
- Pólipos malignos: são aqueles que contêm células malignas, indicativas de cânceres, embora a classificação também leve em conta fatores como tamanho e extensão para abordar a forma ideal de tratamento.
Vale ressaltar que há muitas formas de classificação de pólipos intestinais e também pode haver subdivisões, além das descritas acima.
Os pólipos intestinais podem ocorrer por diversos fatores, que incluem idade, dieta (com pouca fibra e excesso de gorduras, por exemplo), sedentarismo, tabagismo ou fatores genéticos. Casos hereditários associados ao aparecimento dessas protuberâncias incluem a polipose adenomatosa familiar e a síndrome de Peutz-Jeghers.
Por que os pólipos devem ser retirados
Normalmente, o tratamento dos pólipos é simples, e sua remoção ocorre na própria colonoscopia. A remoção costuma ser indicada devido à facilidade do procedimento e ao risco de alguns dos pólipos se tornarem cancerosos.
Caso não seja possível retirá-los durante a colonoscopia, pode surgir a necessidade de uma cirurgia propriamente dita. Se a análise dos pólipos comprovar que eles eram cancerosos, a equipe médica também pode avaliar a necessidade de tratamentos adicionais relacionados ao tumor.
A realização periódica de colonoscopias, a partir dos 45 anos ou conforme orientação médica, é um passo fundamental para avaliar a saúde gastrointestinal e prevenir problemas sérios de saúde antes que a situação se agrave.
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