O óleo de cártamo é um dos tantos produtos que ganharam certa popularidade em função das promessas ambiciosas, de contribuir no emagrecimento a ajudar no manejo do diabetes. Vendido na forma líquida ou em cápsulas, o composto carece de evidências suficientes de que faça tudo o que a sua publicidade alega.
O óleo em si é obtido a partir das sementes do cártamo, planta da espécie Carthamus tinctorius que também é conhecida como açafrão-bastardo.
Saiba mais sobre ele.
Quais os supostos benefícios do óleo de cártamo?
É fato que o óleo de cártamo conta com gorduras “boas” como o ômega-6 e o ômega-9. No entanto, ele não é a melhor forma de obtê-las, e as alegadas vantagens de fazer a suplementação com o óleo não contam com ciência robusta por trás.
Supostos benefícios atribuídos ao cártamo incluem uma melhora do perfil de gorduras do organismo, o que levaria a uma redução do colesterol ruim e ao emagrecimento. Vantagens associadas incluiriam um potencial anti-inflamatório, com melhoras na pressão arterial e no controle glicêmico.
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O que a ciência diz?
Estudos tentando demonstrar que o óleo de cártamo cumpre tantas promessas ambiciosas não foram capazes de cravar que a suplementação traz esses benefícios.
Na melhor das hipóteses, eles parecem ser muito modestos, e só quando a pessoa já adota outros hábitos saudáveis, como a alimentação balanceada e a prática de exercícios – ou seja, a melhora de alguns índices poderia vir daí, e não do uso do óleo.
Só que esse óleo, na verdade, pode até fazer mal. A ingestão excessiva de ômega-6 pode levar a desequilíbrios nas tais gorduras boas, chegando inclusive a fazer o efeito oposto ao desejado, ao reduzir o colesterol bom.
Em uma revisão da literatura científica, pesquisadores brasileiros também encontraram relatos de mortes por falência hepática associada ao uso do óleo de cártamo, reforçando que o melhor é evitá-lo.
Em qualquer cenário, não faça qualquer suplementação sem o aval de um profissional de saúde. Se você busca o emagrecimento, o controle do colesterol ou da glicemia, prefira sempre outras alternativas com evidências mais consolidadas na literatura científica.
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