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Morre Preta Gil: relembre histórico do câncer, do diagnóstico ao tratamento experimental



A cantora Preta Gil faleceu neste domingo (20), após um longo tratamento contra um câncer colorretal. Nos últimos meses, ela estava nos Estados Unidos realizando uma terapia experimental, opção que surgiu como um recurso final após o insucesso dos tratamentos convencionais.

Preta tinha 50 anos e havia sido diagnosticada em janeiro de 2023. Relembre o histórico de saúde da cantora.

O diagnóstico e o tratamento original

Após o diagnóstico de câncer colorretal no começo de 2023, a artista passou por métodos convencionais de tratamento como quimioterapia e radioterapia, além de procedimentos cirúrgicos para remoção dos tumores encontrados.

Em um primeiro momento, Preta Gil apresentou uma remissão do quadro de câncer. Sem representar uma cura, a remissão indica uma diminuição significativa ou até mesmo o desaparecimento dos sinais e sintomas relacionados ao tumor, exigindo acompanhamentos de rotina nos meses e anos seguintes para se certificar de que o câncer não retornou.

De modo geral, entende-se que a remissão pode ser indicativa de cura se não houver marcadores característicos do câncer após cinco anos.

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A volta do câncer

Em agosto de 2024, porém, Preta Gil teve diagnosticada a recidiva do tumor durante o monitoramento periódico do seu quadro. Essa situação ocorre quando é identificado o retorno do câncer durante a janela dos cinco anos iniciais de acompanhamento após o começo da remissão.

Uma recidiva pode ser local (no mesmo ponto do câncer original), regional (nos linfonodos ao redor da área original) ou à distância (quando células tumorais aparecem em outras partes do corpo). Esse último tipo costuma ter o pior prognóstico, e acabou sendo o caso da cantora, que teve a doença identificada em dois linfonodos, além de um nódulo no ureter e uma metástase no peritônio, a membrana que envolve diversos órgãos abdominais.

Com a recidiva, Preta iniciou uma nova fase do tratamento.

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O retorno do câncer exigiu cirurgias ainda mais invasivas, como uma amputação de reto e a realização de uma colostomia definitiva. Ainda assim, a agressividade do quadro fez com que o câncer se mostrasse refratário, persistindo mesmo após as técnicas convencionais.

Tratamento experimental como último recurso

A opção, então, foi ir em busca de uma terapia inovadora: um tratamento experimental nos Estados Unidos, quando uma nova abordagem ou medicamento que ainda não são empregados de forma ampla são testados em pacientes que já esgotaram as alternativas mais consagradas na medicina atual.

Embora detalhes específicos sobre o tratamento de Preta Gil nos EUA não tenham sido revelados, sabia-se que ela estava residindo em Nova York e viajando periodicamente a Washington, onde ficava o centro de referência no qual ela recebia o medicamento como parte dos estudos. Em junho, ela havia informado que o tratamento seria prorrogado por outros 60 dias, mas a artista acabou não resistindo às complicações do quadro.

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O caso de Preta Gil voltou a lançar luz sobre o aumento de casos de câncer colorretal em adultos com menos de 50 anos, reforçando a necessidade de conscientização sobre esse tipo de tumor.

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