A primeira grande onda de frio de 2025 atingirá o Brasil nos próximos dias.
E, se a queda de temperatura é sinônimo de aumento de narriz escorrendo e doenças respiratórias para os humanos, para os nossos amigos de quatro patas, a realidade não é diferente.
Conheça as condições de saúde mais comuns entre cães e gatos na estação e saiba como proteger seu animal de estimação desses incômodos.
Problemas mais comuns no inverno
O inverno ainda não chegou, mas sua proximidade já está refletindo nos termômetros. Nessa época, as doenças respiratórias são queixas facilmente encontradas nos consultórios veterinários. As temperaturas mais frias diminuem a imunidade de cães e gatos, aumentando o risco para gripes e resfriados que podem se tornar pneumonias.
Cães braquicefálicos – das raças pug, shitzu, pequinês, buldoque, lhasa apso e boxer – e gatos persa sofrem ainda mais porque sua anatomia favorece o desconforto respiratório. Assim como ocorre conosco, o ar seco e a circulação em ambientes fechados faz com que a transmissão de gripes seja facilitada.
Entre os gatos, o maior problema é a rinotraqueíte felina, causada por um vírus. A gripe canina – também chamada de traqueobronquite infecciosa – pode ser gerada pelo contato com vírus ou bactérias. Ambas são contagiosas entre os bichinhos.
Especialmente entre os pets mais velhos, as dores articulares são um problema acentuado pelo frio. Menos oxigênio circula pelo corpo nas temperaturas mais frios, o que pode agravar hérnias de disco, problemas de coluna, artrite e artrose.
Com a idade, a camada de gordura que ajuda a manter a temperatura corporal estável diminui, deixando os animais idosos mais sensíveis à friagem. Com isso, problemas dermatológicos podem surgir ou se tornar mais graves. As alergias são outro incômodo compartilhado por pets e humanos nesta temporada.
Como saber se o pet está passando frio
Pode ser difícil ter essa percepção, pois eles não manifestam o incômodo da mesma maneira que nós. Para ajudar, alguns sinais de que o bichinho está passando frio são:
- Tremer;
- Latir ou gemer;
- Colocar o rabo entre as patas;
- Se recusar a caminhar e levantar as patas do chão;
- Focinho e orelhas gelados;
- Deitar enrolado no próprio corpo;
- Buscar cantos mais quentes da casa.
Agora, se o cão ou gato estiver gripado, alguns sinais da doença são a apatia – falta de vontade de brincar ou interagir com o tutor –, secreção saindo dos olhos e do focinho, tosse seca, falta de apetite, tremores.
+Leia também: Veja as 5 doenças mais comuns entre os cães idosos
Dicas para proteger seu pet da onda de frio

1. Manter a carteira de vacinação em dia
As vacinas são a única forma de proteger cães e gatos de infecções respiratórias e outras doenças que se tornam mais comuns no inverno. A gripe canina pode ser prevenida pela vacinação. Para os gatos, a vacina polivalente protege de problemas de saúde graves.
Cães também precisam tomar três doses da vacina polivalente quando filhotes e receber uma dose de reforço todos os anos para se proteger da cinomose.
2. Deixar o bichinho dentro de casa
Muita gente acredita que cães são animais resistentes ao frio e, por isso, podem ficar expostos a áreas abertas mesmo frente a temperaturas mais baixas. Isso não é verdade. O ideal é que o animal passe a maior parte do dia em um ambiente fechado e aquecido.
O bichinho deve ter uma casinha, se ficar na parte externa. Uma cama quentinha, com bom isolamento do piso frio, e uma coberta são essenciais.
Se você tem mais de um pet, outra dica é isolar o bichinho caso ele contraia gripe. Higienize bem vasilhas de comida e água e camas, para que a infecção não seja transmitida para os outros animais.
3. Cuidar da alimentação e hidratação
As temperaturas mais baixas fazem os bichinhos terem um gasto calórico mais elevado que o regular. Algumas colheradas extra de ração podem fazer bem nesse período – desde que orientadas pelo veterinário, para evitar o sobrepeso no animal.
A tendência é que os animais bebam menos água no clima frio. Distribua mais vasilhas pela casa e ofereça fontes para os gatos, que gostam de água em movimento.
4. Fazer visitas regulares ao veterinário
Além de verificar a carteira de vacinação e avaliar se o bichinho está sofrendo com algum problema invernal, o médico veterinário pode indicar cuidados especiais no inverno para pets com doenças cardiovasculares e dos rins, assim como diabetes, mais sensíveis às temperaturas geladas.
5. Diminuir a frequência dos banhos
Em geral, cães não precisam de tantos banhos. No inverno, a necessidade é ainda menor: as gorduras naturais que se formam na pele do bichinho ajudam a protegê-lo do frio.
Depois de passeios, dá para usar toalhas ou lenços umedecidos para higienizar as patas. Se quiser, um hidratante especial para pets pode ser aplicado nas patas e na pele exposta do focinho.
Outra regra é evitar tosar o animal no inverno. Os pêlos ajudam a regular a temperatura corporal e protegem do vento. Filhotes costumam sofrer especialmente com o frio porque têm menos pêlos e ainda não regulam sua temperatura corporal.
6. Tentar utilizar uma roupinha
Nem todo bicho gosta de usar roupas. A maioria dos felinos vai se recusar a vestir uma roupina, mas alguns cães podem aceitar essa proteção contra o frio. Só tome cuidado para trocar os agasalhos periodicamente, evitando que os pêlos se enrosquem.
Consulte o veterinário antes de usar roupinhas em pets com dermatite atópica ou problemas de pele. Garanta que o bichinho consegue se movimentar e fazer suas necessidades sem restrições.
7. Tomar cuidado com outros bichinhos na rua
Mesmo que seu gato não tenha acesso à rua e seu cachorro fique dentro de casa, vale a pena redobrar os cuidados para proteger animais que moram nas ruas.
Gatos costumam se abrigar no motor dos carros nos dias mais frios – confira o seu antes de dar partida, para não machucar nenhum amigo felino.
Oferecer uma vasilha de água e comida também é uma ação solidária para os animais que não têm tutores.
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